segunda-feira, dezembro 19, 2005

RENAMO diz que o país piorou com Guebuza no poder

O presidente da RENAMO, o maior partido da oposição em Moçambique, disse hoje em Maputo que "a situação do país piorou" no primeiro ano do Governo do actual chefe de Estado, Armando Guebuza, investido em Fevereiro deste ano.

Na sua própria avaliação sobre o "Estado da Nação", em reacção ao informe há duas semanas prestado pelo chefe de Estado sobre a situação do país, Afonso Dhlakama considera que "o Estado da nação moçambicana é muito mau e piorou sobremaneira durante o período de vigência deste novo Governo".

Em Janeiro, o chefe de Estado cessante Joaquim Chissano exonerou o Governo de Luísa Diogo para permitir a formação de um novo Executivo, da responsabilidade do presidente, Armando Guebuza, eleito em Dezembro do ano passado.

No seu balanço, inserida em publicidade paga nos vários órgãos de comunicação social publicados em Maputo, o líder da oposição moçambicana considera que "os níveis de corrupção são crescentes, assolando todos os sectores do Estado, com o aparecimento de muitos escândalos".

Para Afonso Dhlakama, "o custo de vida em Moçambique aumenta de forma assustadora e é terrível o descontrolo no sector comercial, favorecendo a especulação e retirando aos mais desfavorecidos o direito a uma vida decente".

O primeiro ano da presidência de Armando Guebuza foi ainda marcado pela intolerância política, agravamento da criminalidade, a impotência em enfrentar a fome, "num país rico em recursos agrícolas", e a incapacidade em melhorar a situação da criança, considera o presidente da RENAMO.

Afonso Dhlakama acusa ainda o Presidente da República de ter sido incapaz de reagir ao impacto interno do aumento do preço de combustível, depreciação da moeda nacional, o metical, e ao acentuado desemprego no país.

Segundo Dhlakama, a imagem de Moçambique também se deteriorou no contexto internacional, a avaliar pelo " absoluto descrédito internacional do Governo do dia, como evidencia o desinvestimento, com claras repercussões no empobrecimento crescente e contínuo".

Notícias lusófonas (16/12/05)

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